Data Publicação: 07/06/2023
Redação: RAFHAELA MARTINS PEREIRA
A exibição de cartazes e faixas abriu a caminhada 2023 em prol da Luta Antimanicomial. Realizada no dia 18 de maio, a ação iniciou com uma concentração no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, e seguiu para a Secretaria Estadual de Saúde.
O encontro contou com a participação de usuários e profissionais de diversos serviços de saúde mental do município, dentre eles algumas unidades da Secretaria Municipal de Saúde administradas em parceria com a SPDM/PAIS: CECCO Heliópolis, CAPS Adulto II Aricanduva, CAPS Adulto III Sapopemba, CAPS Adulto III e Álcool e Drogas Mooca, CAPS IJ III Aricanduva, CAPS IJ II Mooca e CAPS Infantojuvenil Vila Prudente.
Além de participar da caminhada, os usuários e equipes presentes puderam se expressar através de um microfone aberto, expondo suas opiniões sobre os serviços de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem tratamento em liberdade para pessoas com transtornos mentais.
Luta Antimanicomial
O movimento antimanicomial se destaca pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. No fim da década de 70, muitos ativistas ligados à saúde denunciaram abusos dentro das instituições psiquiátricas, além das condições precarizadas de trabalho. Com isso, surgiram movimentos de trabalhadores de saúde mental que colocaram em evidência a necessidade de uma reforma psiquiátrica no Brasil.
O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), que contou com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes, e o Movimento Sanitário, foram dois dos maiores responsáveis por essa iniciativa.
Em 18 de Maio em 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Nesse encontro, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o dia de Luta Antimanicomial, que consiste na substituição do modelo manicomial para o tratamento em liberdade de pessoas com transtornos mentais.
"O movimento resgata o início da Reforma Psiquiátrica que previa o fechamento dos manicômios e hospícios. Esse movimento faz lembrar que as pessoas que sofrem com transtornos mentais têm direito ao cuidado em liberdade sem serem excluídas do convívio familiar e social", finaliza Mariana Silva, gerente do CAPS Adulto II.
O CAPS Aricanduva é uma unidade da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo gerenciada em parceria com a SPDM/PAIS, Organização Social de Saúde.